1. |
Amparo
04:17
|
|||
Não gosto de pensar nisso
Mas sei que vem
Como uma sombra do futuro
Perdi o dia contando segundos
o tempo segue no escuro
Mas quanto foi demais
Onde eu perdi
O amparo dessa mão que me apoiava?
esteve sempre lá
Quem ama, faz
Mesmo sem falar
Abre os braços sem mostrar a dor
Os santos choram quando as nuvens passam
Mas quem nunca duvidou da fé?
Nada é o bastante
Constantes no ar
Nada é o bastante
Imóvel suspirar
Bonecas de barbante
E vidro no chão
Palavras tão cortantes
Só um dia a mais
São seus olhos
E sua voz
Ecoam neste vão
Este espaço em mim persiste
Cada acerto é seu
Cada flor que sobrevive
Tem uma missão
Cobrir seus passos
Abri o peito e fiz
O que não achei possível
Guardei os seus pedaços
Limpei retalhos
Nada é o bastante
Constantes no ar
Nada é o bastante
Imóvel suspirar
Bonecas de barbante
E vidro no chão
Palavras tão cortantes
Só um dia a mais
|
||||
2. |
Mutação
03:16
|
|||
Observo meu reflexo
me atento a ser a nitidez
Nunca solto das amarras
Que me levam a ser quem gosto de ser
É a nova cena do inevitável, do incontestável
Imergindo em minhas marcas
e lá se foi o outro eu
Engolindo falas, a mutação não para
Existem vários meios de ver o que há por dentro
Duelar e me estranhar, recorro a memória pra alegrar
Expor virou vilão
sou mudo e ninguém pode me ouvir
sou leve e ninguém vai sentir
É a nova cena do inevitável, do incontestável
Imergindo em minhas marcas
e lá se foi o outro eu
|
||||
3. |
Tive Um
03:13
|
|||
Tive um, perdi
Tive dois, sumiu
Tive um que foi
O melhor que vi
Se errar é bom
De bondade, enchi
Essa vida, enfim
Um dia acerta
Depois da curva, a reta
Depois da reta, a curva
Depois do morro, um monte
Depois do monte, a luz
Depois do monte, a luz
Depois da luz tem o porém
Ver o que não é
Deixo para outro dia
Ver o que não é
Controlando manifestos
Ver o que não é
Luto contra a intenção
Ver o que não é
Reduzindo a ânsia
Reduzindo o apego
Você pode rir
Achar que tudo é certo
Histórias pouco lidas
De amores pertos
Colorir o cinza
Te convencer que a vida é assim
Almejar o justo
Que na verdade não se encontra
Ver o que não é
Deixo para outro dia
Ver o que não é
Controlando manifestos
Ver o que não é
Luto contra a intenção
Ver o que não é
Reduzindo a ânsia
Reduzindo o apego
|
||||
4. |
Enfim, foi
03:25
|
|||
Nem só de palavras se faz o bem
Nem só de alegrias a vida se mantém
Quieto e contido, com brechas em novos ares
Mas aquele dia surge
Sorrisos soltos e largos
Foi bom, foi curto e belo
Mas enfim, foi
Todo empecilho foi um atalho
Conversas sem brilho, só um ato falho
Toda a vontade de esquivar do tiro
Paz, outra espera urge
Caminhos longos e vastos
Depois da festa, o borro
Um é seu e o outro não
Traço o gosto a pele
Gasto o fosco em série
Conto as tormentas
Lembro o que me impele
Mas aquele dia surge
Sorrisos soltos e largos
Foi bom, foi curto e belo
Mas enfim, foi
|
||||
5. |
Peso Do Mundo
04:28
|
|||
Há um buraco no tempo que não se fecha
Descolorindo um esboço em preto e branco
Águas passam e em um embalo deixa pra depois
O que era pra ontem
Consumir muito além do que reduzir
E ao dormir, sufocar com o que você é
Carregar todo o peso do mundo
Jogam tentações na tela que te comove
O preço do que te toca é acessível
A noite chama, o tédio aumenta, a vida é curta
E agora onde vai, te levo para navegar
Mentir para relaxar e ao se enganar vai soltando as rédeas
Viver sem se divertir, é melhor partir
Onde está o contraponto da vida
Consumir muito além do que reduzir
E ao dormir, sufocar com o que você é
Carregar todo o peso do mundo
|
||||
6. |
Teto Nos Pés
04:16
|
|||
Se eu tivesse acordado mais cedo
E lido as mensagens com pressa
Se eu tivesse pensado mais
Sobre o buraco negro
Talvez não estivesse assim
Com o teto nos pés
Sentindo o asfalto no rosto
E o rosto no céu
Não atendi a ligação
Fiquei calado e me livrei da tentação
Na cabeça criei um dilema que me afoguei
Tanto trabalho em falso
Só mais um lapso pra ignorar
Tantas mágoas pra sair
E pouquíssima fé
Correndo da queda sofro
Sofro mas não penso em partir
Não penso em partir
Vou vendo as ideias se expandindo
E por dentro me explodindo
Jogo o corpo no chão
Risco de tudo ser em vão
Parece impossível o perdão
Talvez não estivesse assim
Com o teto nos pés
Sentindo o asfalto no rosto
E o rosto no céu
|
||||
7. |
Indigo
00:46
|
|||
8. |
Sonhos
04:49
|
|||
Passos moldam os dias
E as palavras surgem assim
O som que grita, que pulsa e vibra
É mais limpo do que festim
Viver
Sonhos são o acesso pra ter
A razão pra sobreviver
E vá buscar sem se deixar conter
Existe uma vida, só existe uma vida pra viver
Aqui a vista sempre é completa
Aqui os dias sempre corretos
Sombras nunca resistem
E as luzes flutuam no ar
Anjos que voam e brincam e olham
Estão dispostos a ajudar
Sempre mostram o seu lugar
Viver
Sonhos são o acesso pra ter
A razão pra sobreviver
E vá buscar sem se deixar conter
Existe uma vida, só existe uma vida
E há sempre um motivo pra espairecer
Viver
Sonhos são o acesso pra ter
A razão pra sobreviver
E vá buscar sem se deixar conter
E no final irá se agradecer
Aqui a vista sempre é completa
Aqui os dias sempre corretos
|
||||
9. |
As Vozes Que Duvidam
04:30
|
|||
Quando a imagem parece devagar
Quando a impressão não é tão gentil
E ao reverberar, sumiu
Quem é você? Velho e tão clichê
Quem é você? Ao se abalar se foi
E ao se balançar, se foi
As amarras tentam se esconder
Mas o inevitável é o desprendimento de mim
Vivo qualquer coisa, aprendo qualquer coisa sã
Perto, lá de cima, olhos vistas, escuto o som
Das vozes que duvidam
Das horas que suspiram
Dos olhos que mentiram
Quem é você? Velho e tão clichê
Quem é você? Ao se abalar se foi
E ao se balançar, se foi
Histórias tão banais
Retórica tão sagaz
Ser quem não se é mais
Quem foi você? Correndo pra viver
Quem foi você? Tentando se socorrer
Quem foi você? Feito pra correr
|
||||
10. |
Poeiras E Imersão
03:14
|
|||
Rasguei os pés, cortei as mãos no fim de mais um dia
O cimento forrao chão, caprichos estimados
Tive medo, corri do tempo, mas ele segue e falta luz
Procurando o certo
Lavo as mãos e peço um abrigo
Lavo as mãos e peço um amigo
Lavo as mãos e peço um sorriso
Outras vezes eu errei mas foi por diversão
Quase sempre respirei sem força ou coração
Quem julgou nunca errou, fui quem sou, fui quem sou
Pode ser que o que sobrou
São poeiras e imersão
Procurando o certo
Lavo as mãos e peço um abrigo
Lavo as mãos e peço um amigo
Lavo as mãos e peço perdão
Não vejo fim pra falta que me faz
O estopim espreita os muros da paz
Me leva a ser fugaz
Procurando o certo
Lavo as mãos e peço um abrigo
Lavo as mãos e peço um amigo
Lavo as mãos e peço um sorriso
|
||||
11. |
Phili
01:13
|
Streaming and Download help
If you like Projeto D, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp